quarta-feira, 29 de julho de 2009

Soneto do desolado

Este poeta caminha em círculos
pensativo, calado! Não se esgota
nem repara se sua coluna entorta
mas continua com uns passos ridículos.

Levanta as mãos aos céus e diz: “mas como?”
Pára, fecha a cara para o horizonte
esperando vir um rinoceronte
achando que aquilo seria um sonho.

Não é o caso de poeta platônico
nem de ela ter coração canônico.

Porém, tendo em vista, sua aplicação

ao poemar versinhos cheios de afeição
tomba o poeta ao ver, desolado,
que seu amor sequer fora notado.


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