Fica um pensamento inerte ao céu
do fim da noite sob a Lua.
Sobretudo o silêncio cego
dos falsos amores
que reverbera no peito.
Fica uma vontade intensa de chorar
por um caminho sem rumo,
na direção da existência,
onde não se sabe
como o corpo repousar.
Fica em lágrimas a escuridão plena
de um vazio solitário
sem ao menos falar com a rosa,
a partida de um amor
para bem longe, depois do mar.
Fica a alma dançando nas ondas
que quebram forte na ressaca
se transforma em espuma esparsa
desfeita na areia seca
mas gerada pela água salgada.
Fica, enfim, em lirismo da vida:
do limiar do início
que se encontra no fim
e não aama ninguém
para poder viver só.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Poética
Acorda amor, que lhe mostro
sem cautela e prescrição
uma poesia ululante,
uma poesia sem conservante.
Ela grita o tempo,
a digestão dos fatos,
as pessoas nas ruas,
o amor infindo,
o beijo e o sorriso.
Sobretudo a despedida.
Ela pede calma.
A precisão do aconchego
é muita e meu coração
condescendente à paixão.
Uma paixão leve
do brilho nos olhos.
Lê uma poesia
sem data de validade,
que seja intermitente
e tenha o sabor dos séculos:
um amarelado de tempo
sem que, no entanto, cheire
ao mofo da estratosfera lírica,
nem seja previsível
e imediata nos sentidos.
sem cautela e prescrição
uma poesia ululante,
uma poesia sem conservante.
Ela grita o tempo,
a digestão dos fatos,
as pessoas nas ruas,
o amor infindo,
o beijo e o sorriso.
Sobretudo a despedida.
Ela pede calma.
A precisão do aconchego
é muita e meu coração
condescendente à paixão.
Uma paixão leve
do brilho nos olhos.
Lê uma poesia
sem data de validade,
que seja intermitente
e tenha o sabor dos séculos:
um amarelado de tempo
sem que, no entanto, cheire
ao mofo da estratosfera lírica,
nem seja previsível
e imediata nos sentidos.
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